Anteontem a maioria dos trabalhadores das fábricas de borracha e materiais de plástico da Fapobol, em Vila do Conde, paralisou duas horas, em protesto contra o atraso no pagamento dos salários de Março. «Estamos a cumprir o que ficou decidido no plenário da semana passada», porque «a administração não pagou o salário até 31 de Março e veio comunicar que só pagaria entre 7 e 11 de Abril», explicou Alcino Santos. Este trabalhador da Fapobol e dirigente do Sindicato da Química do Norte (Sinorquifa/CGTP-IN), citado pela Agência Lusa, recordou que o salário de Fevereiro também só foi pago a 10 de Março, salientando que estes atrasos estão a causar problemas financeiros aos cerca de 170 trabalhadores, que temem que a situação se repita todos os meses. O dirigente revelou que o sindicato recebeu do Ministério do Trabalho uma convocatória para uma reunião sobre a Fapobol, pedida pelo sindicato, que terá lugar amanhã, em Lisboa.
A administração da Fapobol apresentou, a 12 de Fevereiro, dois processos de insolvência, por dívidas ao Fisco e à Segurança Social, para as duas fábricas que a empresa tem no Mindelo. Entretanto, disse Alcino Santos, o tribunal já declarou a insolvência da Fapobol e marcou para 6 de Maio as assembleias de credores.